A aquisição da casa própria é uma das negociações mais complexas na vida de uma pessoa. Por envolver um bem de alto valor, ela gera preocupações relacionadas às finanças ainda no momento da decisão.
Felizmente, quem não tem capital para quitar um imóvel pode pegar emprestado dinheiro com uma instituição financeira, que auxiliará no pagamento das parcelas por meio de diferentes tipos de financiamento imobiliário.
Para ajudar quem tem interesse no benefício, trouxemos hoje informações sobre os financiamentos do SFH, SFI e do Programa Minha Casa Minha Vida.
Principais tipos de financiamento imobiliário
O financiamento é um processo de empréstimo que pode ser utilizado para a aquisição de diferentes bens. Quando o objetivo é a compra de imóvel, são estes os três sistemas mais buscados por pessoas físicas:
Sistema Financeiro de Habitação
Criado pelo Governo Federal, o SFH é o sistema que rege boa parte dos financiamentos imobiliários do país. Atualmente, ele é garantido pelos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE).
[Características e pré-requisitos do financiamento:]
A compra do imóvel deve ser feita exclusivamente por pessoa física;
A parcela não pode comprometer mais que 30% da renda do comprador;
A base de recursos deve vir da Caderneta de Poupança e FGTS;
Imóveis das regiões de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal devem possuir valor máximo de avaliação de R$ 750.000,00; e imóveis das demais regiões um valor máximo de R$ 650.000,00.
O valor máximo de crédito concedido é de R$ 585.000,00;
O prazo máximo de financiamento é de 240 meses;
A taxa de juros deve ser de, no máximo, 12% ao ano.
[Sistema de Financiamento Imobiliário]
Também criado pelo Governo Federal, o SFI tem como principal objetivo complementar o SFH e tem foco nos mutuários com necessidades específicas. Nesse sistema, o risco envolvido na compra de imóveis é maior do que no Sistema Financeiro de Habitação.
[Características e pré-requisitos do financiamento:]
-A compra pode ser feita por pessoa física ou jurídica;
-Não existe um valor máximo de avaliação do imóvel;
-Não há limite de renda comprometida;
-O valor de concessão de financiamento varia de 80% a 90% do valor do imóvel;
-O recurso é proveniente do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos);
-O prazo máximo de financiamento é de 120 meses, e costuma variar de acordo com o agente financeiro ou construtora escolhida;
-A taxa de juros é variável;
Minha Casa Minha Vida
Criado em 2009 pelo governo brasileiro, o Minha Casa Minha Vida visa facilitar o acesso à casa própria por famílias de baixa renda. Nesse sistema, o comprador pode usar o saldo do FGTS no pagamento das parcelas e o prazo máximo de financiamento do imóvel é de 360 meses.
[Para contemplar famílias de acordo com a renda, o programa divide-as nos seguintes grupos:]
1: famílias com renda mensal de até R$ 1.800,00 e que podem obter subsídio do governo para o pagamento do imóvel;
2: famílias com renda mensal entre R$ 1.800,00 e R$ 2.350,00 e que pagam 5% de juros ao ano;
3: famílias com renda mensal entre R$ 2.350,00 e R$ 3.600,00 e que pagam juros entre 6% e 7% ao ano;
4: famílias com renda mensal entre R$ 3.600,00 e R$ 6.500 e que pagam 8% ao ano.
[Características e pré-requisitos do financiamento:]
-Residir em cidade com mais de 50 mil habitantes e que seja participante do Programa;
-Imóveis das regiões São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal devem possuir valor de avaliação de até R$ 225.000,00;
-Imóveis das regiões Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Espírito Santo, com o valor de avaliação de até 200.000,00;
-Imóveis das demais regiões do país o valor de avaliação de até R$ 90.000,00.
-O valor das parcelas tem correção do INCC.
Conhecidas as características dos principais tipos de financiamento imobiliário, faça uma avaliação do orçamento e levante todas as necessidades que terá com o futuro lar. Dessa forma, será mais fácil escolher um sistema vantajoso para o bolso e que atenda aos desejos de toda a família.
Fonte: Mercado Imobiliário
